Em foco:
Um referendo para o futuro comum dos povos europeus.
A União Europeia enfrenta desafios globais que exigem decisões firmes, coerentes e céleres. O atual modelo de soberanias nacionais, têm revelado limitações que dificultam respostas eficazes em momentos de crise.
Por isso, defendemos a realização de um Referendo Europeu(UE) que permita aos cidadãos pronunciarem-se sobre a adesão dos atuais e futuros Estados-Membros a uma União de Cooperação Reforçada (UCR), uma União pré-federada, voluntária, que preserve a diversidade nacional mas atue com uma só voz nos domínios essenciais ao nosso bem comum, decidindo por maioria simples ou qualificada.
Porquê este referendo?
A União precisa consolidar-se politicamente para afirmar a seu potencial: político, democrático e moral face às ameaças internas e externas.
Uma União Reforçada permitirá avançar na construção europeia, com base no princípio fundacional: “A União faz a força.”
Como lembrava Jean Monnet, um dos grandes visionários da integração europeia:
“Não há futuro para os povos da Comunidade Europeia que não seja em União.”
“Os países da Europa são demasiado pequenos para garantir, sozinhos, prosperidade e progresso social aos seus cidadãos.”
Caracterização da União de Cooperação Reforçada (UCR).
A UCR assumirá o estatuto de a União política pré-federada, aberta à adesão voluntária dos atuais Estados-Membros e candidatos admitidos ainda que com estatuto transitório.
Os EMs que nela ingressem comprometer-se-ão com políticas gradualmente comuns em áreas estratégicas como:
• Segurança e Defesa
• Relações Externas
• Proteção Civil e Protecção da Natureza
• Finanças, Justiça e Serviços Públicos essenciais
• Infraestruturas críticas e redes de energia, comunicação e transporte
Políticas de desenvolvimento sustentável.
A UCR fixará metas graduais de desenvolvimento e coesão social, incluindo: objetivos de crescimento do PIB regional, melhoria dos rendimentos resultantes de trabalho e disponibilidade de serviços regionais essenciais — saúde, educação, mobilidade e assistência social — com especial atenção às zonas transfronteiriças.
Um referendo informado e participativo.
Este não poderá ser um referendo qualquer.
O seu significado político dependerá de uma ampla campanha europeia de informação e esclarecimento, conduzida pelos órgãos institucionais da UE, partidos políticos, meios de comunicação e cidadãos empenhados na defesa dos valores europeus.
O objetivo é garantir uma decisão livre, consciente e informada, alicerçada no dever de transparência democrática e no direito de cada europeu compreender plenamente as vantagens e consequências de uma Europa mais unida e solidária.
Conclusão
Desafiamos os partidos e dirigentes da União e os cidadãos a envolverem-se ativamente neste desígnio comum de um futuro colectivo com mais segurança, confiança e esperança.
Mais do que um dever político, trata-se de um dever moral para com os povos europeus, para com o Bem-Comum da nossa Comunidade de destino, concretizando o nobre desígnio dos estadistas europeus do pós-guerra que dedicaram as suas vidas à construção europeia.
Dizia Monnet:
“a Europa será forjada nas crises e será a soma das soluções encontradas para as ultrapassar.”
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